1°trimestre 2016 – Colégio Aprovação 1001
Educação Física
Professor: Rodrigo Sabino
Alunos: Gustavo Figueiredo de Souza Silva N°11
Lucas Henriques Viana N°17
Álcool e
sistema hepático
A doença hepática alcoólica é uma das consequências
clínicas mais graves do uso crônico do álcool. Além disto, o uso excessivo e
crônico do álcool é a causa isolada mais importante de doença e morte por
hepatite e cirrose nos Estados Unidos.
O consumo intenso e crônico do álcool predispõe à doença
hepática em indivíduos susceptíveis. Contudo, o fato de apenas uma proporção
destes indivíduos desenvolverem hepatite ou cirrose, indica a importância de
outros fatores como a hereditariedade, gênero, dieta e outras formas de doenças
do fígado influenciando o risco para a doença hepática alcoólica.
A maior parte das lesões hepáticas causadas pelo álcool
são atribuídas ao metabolismo do álcool e seus produtos de metabolização.
Outras
pesquisas trarão outras possibilidades de mecanismos biológicos envolvidos no
dano hepático, além de alternativas de tratamento tanto dependente ou não de
álcool.
O fígado normal
O
funcionamento normal do fígado é essencial à vida. O fígado é o maior e, em
alguns aspectos, o mais complexo órgão do corpo humano. Uma de suas principais
funções é degradar as substâncias tóxicas absorvidas do intestino ou produzidas
em outras áreas do corpo e, em seguida, excretá-la pela bile ou pelo sangue
como subprodutos inofensivos.
Além disto,
o fígado secreta bile no intestino delgado para ajudar na digestão e absorção
de gorduras, armazena vitaminas, sintetiza proteínas e colesterol, metaboliza e
armazena açúcares. O fígado controla a viscosidade sanguínea e regula os
mecanismos de coagulação.
Doença hepática alcoólica
O fígado é
um órgão particularmente susceptível aos danos provocados pelo álcool, pois ele
é o principal sítio de metabolização desta substância no organismo.
Além do
fígado ser um dos maiores órgãos do corpo humano, ele apresenta a capacidade de
regenerar-se, consequentemente, os sintomas relacionados à lesão hepática
provocada pelo álcool podem não aparecer até que esta seja realmente extensa.
O consumo
diário de bebida alcoólica, por um longo período de tempo, é uma condição
fortemente associada ao desenvolvimento de lesões hepáticas, porém, apenas metade
dos usuários que a consomem com esta frequência vai desenvolver hepatite ou
cirrose alcoólica. Estes achados sugerem que outras condições como:
hereditariedade, fatores ambientais ou ambos devam influenciar no curso da
doença hepática.
Tipos de
lesões hepáticas provocadas pelo álcool
Em
indivíduos que fazem uso abusivo do álcool as doenças hepáticas mais
encontradas são:
1. Esteatose alcoólica (fígado gorduroso). A deposição de
gordura ocorre em quase todos os indivíduos que fazem uso abusivo e frequente
do álcool. Contudo, é uma condição clínica que também pode ocorrer em
indivíduos não alcoolistas, após um único episódio de uso abusivo do álcool. A
esteatose corresponde ao primeiro estágio da doença hepática alcoólica. Caso o
indivíduo pare de beber neste estágio, ele recuperará sua função hepática.
A esteatose
também pode ocorrer em indivíduos diabéticos, obesos, com desnutrição proteica
severa e usuários de determinados medicamentos.
2. Hepatite
alcoólica: esta condição implica em uma inflamação e/ou destruição (ex.
necrose) do tecido hepático. Os sintomas incluem: perda de apetite, náusea,
vômito, dor abdominal, febre e em alguns casos, confusão mental. Embora esta doença
possa levar à morte, na maior parte das vezes ela pode ser revertida com a
abstinência alcoólica. A hepatite alcoólica ocorre em aproximadamente 50% dos
usuários frequentes do álcool.
3. Cirrose alcoólica: É uma forma avançada de doença
hepática decorrente de um dano progressivo das células hepáticas. A cirrose
costuma ser diagnosticada em 15 a 30 % dos usuários crônicos e abusivos do
álcool.
Um fígado cirrótico é caracterizado por uma fibrose
extensa que compromete o funcionamento do fígado podendo inclusive prejudicar o
funcionamento de outros órgãos como cérebro e rins. Embora a cirrose alcoólica
possa levar o indivíduo à morte em função de suas complicações (ex. falha renal
e hipertensão portal), ela pode ser estabilizada pela abstinência completa do
álcool3.
Estas três
condições clínicas costumam estar sequencialmente relacionadas, de forma
progressiva, da esteatose à cirrose. Contudo, alguns indivíduos podem
desenvolver cirrose sem ter tido hepatite e algumas hepatites de início súbito
e curso rápido levam à morte antes de desenvolver cirrose.
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